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Greve dos funcionários

11/06/2010 14:58

Com o fim de semestre e todas aquelas obrigações que vêm junto, muitos estudantes não estão acompanhando direito -- ou sequer isso -- a greve dos funcionários da USP, Unicamp e Unesp. Mais uma vez, a USP se tornou o centro da questão depois de sua reitoria ter determinado o desconto dos dias não trabalhados dos cerca de mil trabalhadores em greve.

Não é preciso ser gênio para perceber que isso fere o direito à greve, previsto na constituição! Os trabalhadores da USP, juntamente com as outras duas universidades, apenas pedem o mesmo reajuste que os professores tiveram, de mais de 12% -- contra 6,57% concedido aos funcionários.

As universidades aproveitam os seus sites para emitirem comunicados pífios do CRUESP (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), alegando que deram um reajuste acima da inflação e o que houve para os professores foi uma reforma da carreira, e que o mesmo ocorreu para os funcionários em datas separadas. Reforma? Não seria "água batendo na bunda"?

Para quem não sabe, no começo do ano as universidades estaduais de São Paulo, famosas por serem grandes concentradoras de massa crítica, estavam preocupadas pelos salários de seus professores doutores -- a maioria do quadro docente -- estar quase R$ 600,00 abaixo do salário dos professores doutores das universidades federais. Segundo uma reportagem da Folha, isso chegou a criar a fuga de alguns profissionais para essas instituições. Aliás, por falar em Folha, até mesmo a imprensa, que adora falar mal dos grevistas, está adotando um tom mais moderado dessa vez, tamanha a falta de argumentação das administrações das universidades!

A greve dos funcionários, nesse caso, é legítima! Os funcionários reinvidicam o reajuste mais R$ 200,00 como forma de diminuir o abismo existente entre eles e os docentes. E o CRUESP, ao invés de acatá-la, piora ainda mais as coisas. Os salários dos funcionários estão precarizados há muito tempo e precisam ser revistos!

 

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